domingo, 28 de setembro de 2008

Passeio pelo Minhocão - parte I

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Acesso pela rua da Consolação: Os primeiros metros dos 3400 m que nos levam até Largo Padre Péricles.


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Patrícia e nossos bichos indomáveis. Como eu estava na frente para tirar a foto, eles queriam vir logo. Não tenho certeza, mas acho que eles gostam quando a matilha está unida.


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Panorâmica da rua onde moro, General Jardim.


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Fachada de um prédio de escritórios. Ao que parece foi inteiramente reformado e todos os seus cômodos estão para alugar.


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Panorâmica do Largo Santa Cecília. Já passei por esse lugar diversas vezes e nunca havia notado esses Ipês. Ao fundo, há uma feira que acontece todos os domingos.

Passeio pelo Minhocão - parte II

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Fachada do Hotel Dela Rose. Perdão pelo péssimo enquadramento dessa foto. Entretanto se o fotógrafo é uma toupeira, ao menos o vermelho da fachada compensa.


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Uma das muitas fachadas de prédios em estado lastimável ao redor do Minhocão. Muitos atribuem essa desvalorização da região à construção do Elevado e, por essa razão, há um movimento pela sua demolição. Eu hoje achei o passeio tão agradável e havia tantas pessoas se divertindo, que de certa forma dá para imaginar que existe um caso de amor e ódio entre o Elevado e a população local. Durante a semana, ele é inóspito e intransitável; nos fins de semana ele é agradável e convidativo. Não sei se é pelo fato de não ser paulistano, mas é exatamente assim que eu me sinto com relação à toda a cidade: às vezes é como se fosse outra cidade durante os fins de semana.



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Mais um dos prédios vazios dos arredores. Nessa foto, se você for observador poderá me ver no reflexo de uma das janelas.


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Visão da Praça Marechal Deodoro, ao fundo a Avenida Angélica.


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Posando com meus dois cachorros (foto tirada pela Patrícia)

Passeio pelo Minhocão - parte III

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Panorâmica da praça Marechal Deodoro, onde há um playground muito sui generis. Eu particularmente não entendi esse leiaute nem esses brinquedos.


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Outra bela fachada absolutamente mal cuidada. Essa é sem dúvida nenhuma uma das mais bonitas de todo o passeio pelo Elevado. É uma pena que eu não tivesse ângulo (nem competência) para fazer uma foto melhor. Mas dá para ter uma idéia.


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Esse prédio me lembra muito o Edifício da HQ do Will Eisner. Só que esse – ao contrário dos quadrinhos – é residencial. Na sobrecapa da edição do Ensaio sobre a cegueira do José Saramago, que a Cia das Letras lançou recentemente aproveitando a onda do filme do Fernando Meirelles, esse prédio aparece no canto direito.


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Além de ter essa bela aparência parece ter apartamentos enormes.


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Prometo que no próximo passeio levarei uma câmera melhor. Essa imagens foram todas tiradas do meu celular. Por isso são tão ruins. Bom, mas acho que a lógica é bem por aí: tira-se fotos com o celular e se publica em um blog. Nesse tipo de mídia qualidade nunca é prioridade.

Passeio pelo Minhocão - parte IV

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O famoso castelinho da Rua Apa, ou menos o que sobrou dele. Construído em 1912, ele resiste ainda hoje apesar dos maus tratos. Para mim, não imagem mais perfeita de castelo mal-assombrado em São Paulo. Ali, em 1937, a família de milionário que o habitava foi encontrada morta. Pelo que se diz o "assassinato do Celso Daniel" (ou PC Farias, se preferir) dos anos trinta. A versão oficial da polícia nunca convenceu ninguém. É evidente que há muitos relatos de visões de fantasmas no lugar. Mas o que mais assusta mesmo é desmazelo da cidade para com o edifício, que hoje pertence à união (já que a família morreu sem deixar herdeiros).



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Patrícia e Ulisses caminham à minha frente.



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Geral do sobre o Elevado.



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Auto-retrato com Patrícia sobre o Elevado.


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Fim dos primeiros 3400 metros sobre o Elevado, ainda tínhamos a volta. Foto do Largo Padre Péricles, à direita a Igreja de São Geraldo (o protetor das mães e dos bebês).

Passeio pelo Minhocão - parte V, O Rapa!

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Durante o nosso passeio pelo Elevado, tivemos a surpresa de presenciar um "rapa". Esse camaradas da foto estava aí fornecendo churrasquinho de gato, água, refrigerantes e água de coco por alguns reais, quando apareceu uma viatura e, um pouco depois, um garoto gritando "O RAPA!" (com a nítida sensação de ter chegado tarde demais). Alguns conseguiram fugir carregando enormes caixas de isopor, salvando o que dava. Mas a maioria não ofereceu resistência e ficou apenas observando resignada os oficiais da prefeitura recolherem suas mercadorias.
Tudo bem que é ilegal o comércio de ambulantes sobre o Elevado. Mas a prefeitura poderia colaborar: por todo o trajeto não havia nenhum lugar (exceto esse) em que se pudesse matar a sede, do mesmo modo não havia lixeiras, o que contribuía para que pessoas atirassem lixo nas vias (eu e Patrícia passamos grande parte do trajeto carregando saquinhos de cocô de cachorro até descermos do Elevado para achar uma lixeira).
O passeio é legal e tudo mais. Mas é impressionante com a prefeitura acha que é só colocar uns cavaletes, fechar o trânsito e "plim!", está pronta uma área de lazer. Será que iria onerar muito a prefeitura colocar algumas lixeiras e habilitar alguns ambulantes a atuarem no local?
Só mesmo a carência do paulistano e a beleza decadente de nosso centrão para tornar o Minhocão viável nos fins de semana.

sábado, 20 de setembro de 2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Verdades e mentiras II - A alcatéia


Apesar de você já ter visto isso em algum filme (ou no RPG Werewolf), e ao contrário de lobos e humanos, lobisomens não se reúnem, não vivem nem caçam em bandos. Somos uma espécie solitária. Nosso comportamento se assemelha mais ao de ursos do que ao dos nossos parentes próximos. Essa solidão talvez seja uma conseqüência da escassez de indivíduos e da falta de sociabilidade desses. Já disse uma vez que é bem provável que já estivéssemos extintos se não nos tornássemos humanos durante o dia.
Alguns de nós são extremamente territoriais. Eu, entretanto, considero isso um tanto ridículo. E já topei com tipos que ficam rosnando ou gritando para você quando lhes invade o "território". Eles são tão patéticos que se parecem com aqueles australopithecus do filme 2001 (por favor, não se ofendam). Eu, como a maioria, prefiro vagar pela noite. Pode parecer uma perda de tempo ficar aí andando pelos matagais e plantações. Mas eu não troco por nada a sensação de deixar de ser humano e não se lembrar de seus problemas e coisas que te prendam.
É bem verdade que isso não acontece sempre. Algumas vezes, tenho alguma vingança para executar. Essas vinganças são um capítulo à parte de nossas vidas. Nas noites em que nos metamorfoseamos, saímos atrás daqueles que nos fizeram alguma mal quando estávamos em nossa forma humana (aguardem, que vou contar algumas delas aqui). Na nossa forma humana somos em geral tolerantes. Mas na forma híbrida, somos rudes, violentes e intolerantes. Então nas noites de lua cheia saímos para a desforra.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Verdades e mentiras I - Alimentação

Uma das grandes mentiras que se conta é que os lobisomens matam as pessoas para se alimentar. Em geral, não precisamos disso, nós podemos viver das coisas que comemos em nossa forma humana sem problemas. Há lobisomens, não é o meu caso, que nunca derramaram uma gota de sangue humano. A maior parte dos ataques a humanos é pelo prazer da caçada. Não me pergunte por que, mas para nós não há nada mais prazeroso e excitante do que uma caçada.
Bom, eu pessoalmente acho que caçar humanos por prazer é muito desleal. De todos os animais que já cacei os humanos são a presa mais fácil. A audição é precária, quase não são capazes de farejar nada, nunca sabem se você está ou não com medo deles e, em geral na presença de um lobisomem, entram em pânico imediatamente. Além disso são lentos, não tem garras e nem uma mordida eficiente. Quando estão amedrontados o seu cheiro é tão forte que nunca podem se esconder. Nós, lobisomens, somos capazes de sentir o cheiro de um humano a mais de cem metros de distância. É o tal negócio, se a caçada não vale a pena, não tem adrenalina e também não tem graça. Exceto quando possuem armas de fogo, porque mesmo com armas brancas humanos ainda são presas fáceis.
Por isso, essa coisa de lobisomem sair por aí comendo humanos é coisa da Sessão de Gala.

domingo, 14 de setembro de 2008